30.11.05

Blair relança energia nuclear sob protestos

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, anunciou ontem que o país poderá apostar na construção de novas centrais de energia nuclear para dar resposta à procura energética e também para assegurar que serão controladas as emissões de gases com efeito de estufa.
Ver no Público

28.11.05

Automóveis e edifícios duplicaram emissões de gases climáticos em Portugal

Automóveis e edifícios duplicaram emissões de gases climáticos em Portugal
Aumentos de 95 e 100 por cento desde 1990, em sectores cujas medidas de controlo estão mais atrasadas. No combate às alterações climáticas, a energia eólica é uma das alternativas que dá passos mais firmes em Portugal. Ver mais no Público.

Uma experiência: A Construção de um Barco a Vapor


O que vais precisar

• Um tubo de metal;
• Dois fios de arame muito forte (como os fios de estender a roupa);
• Uma rolha de cortiça que se ajuste bem ao tubo;
• Duas velas colocadas em pequenas formas metálicas (consulta a figura para veres o formato das velas);
• Um martelo, dois pregos e uma agulha;
• Fósforos;
• Madeira de Balsa;
• Um alicate.

Vais precisar da ajuda de um adulto com os fósforos, o martelo, e os pregos!


Como fazer

1. Enrosca a rolha dentro do tubo, certificando-te que fica bem apertado. Com muito cuidado fura a rolha com uma agulha, fazendo assim um pequeno buraco.
2. Pega nos dois fios de arame e enrola-os às extremidades do tubo à distância de uma polegada de cada uma delas. Com um alicate aperta bem o fio para que o tubo fique bem preso.
3. Corta a madeira em forma de triângulo numa das extremidades conforme vês na figura (a madeira constitui a base do barco). Prega os dois pregos à distância de 1 polegada de cada ponta da base de madeira. Os pregos vão ajudar na estabilização do barco.
4. Coloca as velas cerca de 1,5 polegadas de distância de cada extremidade do fundo do barco (tal como vês na figura). Usa qualquer material aderente para prenderes as formas metálicas das velas à madeira.
5. Pega no tubo já enrolado pelos os fios e torce-os à volta do “barco” de forma a que o tubo fique suspenso por cima das velas (é necessário um fio forte que aguente o tubo – consulta a figura). Junta as pontas do fio que se encontram-se debaixo do barco e torce-as firmemente de forma a que tudo fique bem seguro (pede ajuda a um adulto nesta parte).
6. Com muito cuidado tira a rolha do tubo e enche-o até ¾ com água muito quente. Volta a colocar a rolha. Certifica-te se a água goteia pelo furo da rolha.
7. Enche uma banheira com água ou outro recipiente suficientemente largo.
8. Coloca o barco na água e pede a um adulto que acenda as velas.

Resultados

O calor das velas vão fazer com que a água ferva. A água transforma-se em vapor e este escapa-se pelo buraco da rolha imprimindo um pequeno movimento ao barco.
Aqui vão algumas questões que podes colocar:
• Porquê usar água quente no tubo?
• O que aconteceria se usássemos água fria?
• O que aconteceria se não fizéssemos um buraco na rolha?
• O que aconteceria se o buraco fosse mais largo?

O que aconteceu

Nesta experiência podes aprender duas coisas distintas.
Em primeiro lugar, permite compreender como se deslocam os foguetões no espaço.
A lei da física diz-nos que : “por cada acção exercida existe uma reacção que se lhe opõe”. Isto significa que o vapor ao escapar pela rolha produz uma acção em dada direcção, e a reacção oposta é o andamento do barco em sentido contrário.
Com um foguetão acontece a mesma coisa. Os gases quentes e o fogo que saem pelo escape do foguetão vão numa direcção, empurrando-o para outra oposta.
Em segundo lugar, a energia das velas transforma a água em gás (vapor de água), o gás escapa-se pela rolha e provoca uma acção; a respectiva reacção dá-se em sentido contrário, logo, faz deslizar o barco.

Pioneiros da Energia

De seguida vou apresentar alguns nomes pioneiros na área da energia.
Count Alessandro Volta

Count Alessandro Volta foi um físico pioneiro no estudo da electricidade. Nasceu em Como na Itália em 1745, no seio de uma família nobre (faleceu em 1827).

“Volt” vem do nome Volta e é uma unidade que mede a força eléctrica; é igual a 1.00034 vezes o Sistema Unitário Internacional.

Count Volta também fez algumas descobertas na electricidade estática, meteorologia e peumática.

Lise Meitner

Lise Meitner foi uma física que trabalhou na área nuclear.
Nasceu em Viena na Áustria em 1878 (faleceu em 1968).

Trabalhou no instituto “Kaiser – Wilhelm” e juntamente com Otto Halm descobriu o elemento “protactinium” e estudou as reacções do bombardeamento do neutrão no Urânio.
Meitner tornou-se directora adjunta do instituto e ficou responsável pelo departamento de Física em 1917.

Depois da queda do Governo Nazi Alemão em 1938, Meitner empregou-se no instituto Nobel Physical em Stockholm. Foi lá que continuou a sua pesquisa e juntamente com Otto Frisch descobriu a separação atómica do núcleo do Urânio; a qual chamaram de fissão.

Durante a guerra, recusou-se a trabalhar na bomba atómica.
Em 1947, foi criado um laboratório para ela pela Comissão de Energia Atómica Sueca, onde trabalhou num reactor nuclear experimental.

Granville Woods

Granville Woods

 

Granville Woods nasceu em Colombus Ohio (1856-1910). Migrou para o Missouri com apenas 16 anos onde trabalhou com bombas de incêndios nos caminhos de ferro. Mais tarde estudou engenharia electrónica e mecânica e tornou-se uma das pessoas responsáveis pela modernização dos caminhos de ferro.
Em 1884, obteve a sua primeira patente com a caldeira de vapor de água.
Woods patenteou mais de 35 invenções eléctricas e mecânicas nas quais se inclui o melhoramento do transmissor telefónico, um carro eléctrico cuja energia era recebida por fios condutores, um terceiro sistema automático de freio pneumático e o seu "Synchronous Multiplex Railway Telegraph" que veio permitir que se enviassem mensagens entre comboios em movimento. Este sistema, tornou a viagem de comboio muito mais segura.
 

Nikola Tesla

Nikola Tesla

 
Nikola Tesla nasceu na Croácia em 1856 mas emigrou para os EUA em 1884. Foi um físico e engenheiro electrotécnico que inventou as lâmpadas fluorescentes, o motor de indução "Tesla", a bobina "Tesla" e desenvolveu um sistema de corrente eléctrica alternativo ("AC - Alternating Current").
Em 1885 George Westinghouse, responsável pela companhia eléctrica Westinghouse, comprou a patente de Tesla do sistema de dínamos, transformadores e motores. Westinghouse usou o sistema eléctrico alternativo pata iluminar a Exposição Mundial Colombiana ocorrida em Chicago em 1893.
A bobina "Tesla" inventada em 1891, ainda é utilizada em muitas rádio, televisões e noutro equipamento electrónico.
Tesla é considerado um dos grandes intelectuais que "inundou" o mundo com descobertas tecnológicas da era moderna.
Um grupo de rock de Sacramento - Califórnia baptizou o nome da banda de TESLA em honra a este magnífico cientista.
 
 
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26.11.05

Produção de energia renovável caiu 39%
Eólica duplicou em Setembro


Teresa Costa

Apesar de a potência instalada para a produção de energia renovável não parar de aumentar em Portugal continental, desde 2003, a produção total de energia a partir deste tipo de fontes continua a baixar devido às condições de seca extrema que o país atravessou.

De Janeiro a Setembro de 2005, a produção eléctrica assim obtida caiu 39%, face a igual período de 2004, devido à sua componente hídrica, lê-se no relatório mensal da Direcção-Geral de Geologia e Energia relativo a Agosto/Setembro.

O total de potência instalada renovável ultrapassou, em Setembro, a barreira dos seis mil MW, mantendo um ritmo de crescimento de 10% ao ano.

Só em Agosto e Setembro foram instalados mais 140 MW de potência eólica. Os seis novos parques que entraram em funcionamento em Agosto contribuíram para duplicar a produção no mês seguinte.

Nos nove meses considerados, a energia dos ventos cresceu mais do dobro em relação a 2004, fixando-se nos 1053 GWh. Até ao final de Setembro, a potência eólica instalada estava distribuída por 93 parques, com um total de 610 aerogeradores.

Os distritos com maior potência instalada são Vila Real, Lisboa, Viseu, Santarém, Braga e Coimbra. Até 2007, o país deverá ter mais de dois mil MW de potência eólica no sistema eléctrico nacional.

No contexto global das renováveis, o Norte lidera no total de potência instalada, essencialmente devido à localização das grandes barragens hídricas e a um número "significativo" de parques eólicos.

Face à evolução registada, Portugal é terceiro país da União Europeia (dos 15) com maior incorporação de energias renováveis, assinala a Direcção-Geral.

5.11.05

As energias renováveis

As fontes de energia renováveis podem ser substituídas num pequeno período de tempo. As 5 fontes de energia mais utilizadas em Portugal incluem a hidroeléctrica (água), a solar, a eólica, a geotérmica e a biomassa.

O impacto das energias renováveis no quadro da energia mundial é significativo. Muitas etapas ocorreram durante a história da utilização das fontes de energia para produzir electricidade – mas a utilização global destes combustíveis declinou 4% entre 1997 e 98, para um nível de cerca de 7 quadrilhões de Btu.

A utilização da energia renovável não é nova. Cinco gerações atrás (125 anos), a madeira fornecia mais de 90% das nossas necessidades energéticas. Devida à comodidade e baixos preços dos combustíveis fósseis, a utilização da madeira caiu. Agora, a biomassa que normalmente iria apresentar um problema de resíduos é transformada em electricidade (exs: resíduos fabris, cascas de arroz e o licor negro da produção de papel).

Historicamente, o baixo preço dos combustíveis fósseis, especialmente do gás natural, tornaram difícil o crescimento dos combustíveis fósseis. A desregulação e reestruturação da energia eléctrica pode vir a ter um grande impacto no consumo de energias renováveis. A procura de energia mais barata a curto prazo poderá diminuir a procura por energia renovável, enquanto a preferência pelas renováveis incluída em recentes propostas de reestruturação da legislação da electricidade poderão dar um sopro de nova vida a esta indústria.

A utilização das renováveis em Portugal actualmente não irá aproximar-se da dos principais combustíveis e devido à sua limitação (ex: a sua natureza intermitente – dias com nevoeiro não dão ganhos solares, dias calmos significam que o vento não sopra para mover as turbinas eólicas, as barragens são principalmente para o controlo de cheias, pelo que a produção hidroeléctrica varia consoante os níveis de água das barragens mudam), as renováveis podem nunca dar a “resposta” a todos os problemas energéticos. Mas, por todo o mundo, a energia renovável está a provar ser de grande valor.

3.11.05

ENERGIA é a capacidade de trabalhar

Ela apresenta-se em formas diferentes – Energia do calor (térmica), da luz (radiante), mecânica, eléctrica, química e nuclear. Existem 2 tipos de energia – energia armazenada (potencial) e energia do trabalho (cinética). Por exemplo, a comida que tu comes contém energia química e o teu corpo armazena esta energia até que tu a libertas quando trabalhas ou brincas.

Todas as formas de energia são armazenadas de diferentes maneiras, nas fontes de energia que nós utilizámos todos os dias. Estas fontes são divididas em 2 grupos – renováveis (uma fonte de energia que nós podemos utilizar uma vez e outra e sempre) e não renovável (uma fonte de energia que nós estamos a gastar e não podemos voltar a criar num curto período de tempo). As fontes de energias renováveis incluem a energia solar, a qual vem do sol e pode ser transformada em electricidade e calor. A energia do vento (eólica), a energia geotérmica do interior da Terra, a biomassa das plantas e a hidroeléctrica da água são também fontes de energias renováveis.

No entanto, nós obtemos a maior parte da nossa energia a partir de fontes de energia não renováveis, as quais incluem os combustíveis fósseis – petróleo, gás natural e carvão. Elas são chamadas de combustíveis fósseis porque são formadas ao longo de milhões e milhões de anos pela acção do calor do interior da Terra e da pressão das rochas e solo nos restos (ou fósseis) de plantas e animais mortos. Outra fonte de energia não renovável é o elemento urânio, cujos átomos nós separámos (através de um processo chamado de fissão nuclear) para criar calor e, em última instância, electricidade.

Todas estas fontes fornecem a energia que nós precisámos para vivermos as nossas ocupadas vidas.

Introdução

Este blogue pretende apresentar regularmente textos sobre energia, com especial destaque para a promoção das Energias Renováveis.

A poupança deste recurso tão importante também terá um lugar especial.

Pretendemos criar uma espécie de ENERGICLOPÉDIA, ou seja, uma enciclopédia sobre o fascinante mundo da energia.

Queremos ainda ter uma perspectiva pedagógica, direccionando este blogue em particular para os mais jovens mas onde todos são bem-vindos.

Aguardámos comentários e sugestões.

Um abraço cheio de energia (renovável)!